Romance Dawn

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Romance Dawn se refere a duas histórias escritas por Eiichiro Oda antes de One Piece, mas ambientadas em um mundo semelhante. Enquanto era um estudante do primeiro ano do ensino médio, ele começou a esboçar ideias para um mangá com tema de pirata em um caderno, a lápis. Anos mais tarde, como assistente do autor de Samurai X (Rurouni Kenshin) Nobuhiro Watsuki, ele começou a refinar suas ideias no que se tornaria "Romance Dawn" e, mais tarde, One Piece. Todas as 3 versões foram publicadas na revista Weekly Shonen Jump, com a encarnação final publicada exatamente um ano após a primeira. O autor fez alterações significativas na premissa e no enredo ao longo das três versões, que são examinados em profundidade abaixo.

Versão 1 foi adaptado para uma releitura animada chamada One Piece: Romance Dawn Story, enquanto Versão 2 foi adaptado como Episódio 907 do anime One Piece que foi ao ar em 20 de outubro de 2019.

Evolução de Romance Dawn

Estilo de arte

Luffy no Romance Dawn, Versão 1

Luffy no Romance Dawn, Versão 2

Luffy no Capítulo 1 intitulado "Romance Dawn".

A série Romance Dawn representa a evolução do estilo de arte do Oda de seus primeiros trabalhos como Monsters para o estilo de arte usado em One Piece. Na época em que V.2 foi desenhada, o estilo geral de desenho de Oda estava muito mais próximo daquele do começo da série.

Personagens

Shanks no Romance Dawn versão 1.

Dos personagens da história, apenas Luffy aparece em todas as versões. Em particular, a personalidade de Luffy também evolui em todas as três versões; estava muito mais de acordo com a série na V.2, mas, no final das contas, mesmo na versão final, ele não era tão inteligente quanto parecia na primeira versão de "Romance Dawn". Romance Dawn V.2 progride de algumas maneiras em direção à versão serializada definitiva de One Piece. Ele também começou sem ataques nomeados na V.1, mas tinha um ataque nomeado na V.2 chamado "Right Hand Stopper" (embora não se encaixe na fórmula de seus ataques em One Piece).

Apenas Shanks apareceu em mais de uma versão da história. De acordo com o autor, tendo passado de uma edição especial da Jump apresentando novos artistas para a Weekly Jump propriamente dita, ele queria manter o passado de Luffy com Shanks uma surpresa e, portanto, a reescreveu (sem dúvida em uma forma menos atraente) para que o avô do Luffy lhe desse o chapéu de palha.

Avô do Luffy no Romance Dawn V.2.

Acreditava-se originalmente que o avô do Luffy era apenas uma adição a esta versão de "Romance Dawn" para manter a verdadeira história de Luffy em segredo; nenhuma menção foi feita a ele nos primeiros nove anos da serialização de One Piece. No entanto, no final de 2006, o avô do Luffy foi revelado como ninguém menos que o previamente introduzido Vice-Almirante Garp, tendo o mesmo design de personagem de seu antecessor de "Romance Dawn". No entanto, não está claro por quanto tempo o autor teve isso em mente, pois Garp parecia ser um personagem secundário na melhor das hipóteses quando foi apresentado pela primeira vez. Também é digno de nota que, embora sua personalidade seja a mesma, seu personagem mudou drasticamente: longe de ser um pirata, ele é um oficial naval de alta patente, que caçou o famoso Rei dos Piratas em várias ocasiões. Neste contexto, Garp desaprova muito a decisão de seus netos de se tornarem piratas e coloca a culpa diretamente em Shanks. No entanto, independentemente de sua aparência "apócrifa" nesta versão de "Romance Dawn", o avô do Luffy conseguiu sobreviver como um personagem na transição para One Piece.

Todas as três versões da história têm uma personagem feminina de aparência semelhante que aparece na história. No entanto, a última mulher escolhida por Oda, Nami não aparece na versão final de Romance Dawn e, em vez disso, aparece vários capítulos depois. As duas primeiras são Silk (na V.1) e Ann (na V.2).

Gally veria duas encarnações aparecerem no formato de anime; uma durante o Arco Loguetown e uma segunda em um especial baseado no enredo de Romance Dawn V.1. Ele apareceria vários anos depois na versão final, fazendo uma pequena participação especial no final do Arco Ilha Whole Cake. Além disso, Silk também apareceu no especial de anime da V.1, e Ann, Balloon e Shupeal fizeram sua aparição no anime em um especial baseado no enredo da V.2.

Alguns dos membros de fundo do bando do Shanks vistos em Romance Dawn V.1 pareciam reencarnados como membros de fato da tripulação do Shanks; Lucky Roux parece ser vagamente baseado em um membro gordo da tripulação do Shanks V.1 e Yassop como um membro do bando usando uma faixa na cabeça.

Desenvolvimento do Enredo

Mesmo durante a Versão 1 de Romance Dawn, pode-se observar que muitos dos elementos básicos de One Piece já estão presentes, embora em uma forma pouco desenvolvida. Monkey D. Luffy já está lá em sua roupa habitual, usa o chapéu de palha dado a ele por Shanks, o Ruivo (que salvou a vida de Luffy ao custo de seu braço esquerdo), e veio a ter seus poderes de borracha comendo a Fruta Gomu-Gomu. Mesmo na V.2, a Fruta da Borracha é descrita como a fruta de uma árvore em particular, ao invés de uma Akuma no Mi. Isso, combinado com o uso de bruxaria por Shupeal na V.2 (que não é mencionado, pelo menos abertamente, dentro de One Piece), pode ser tomado como evidência de que Oda ainda não havia formulado, ou pelo menos desejava manter em segredo, o conceito maior de Frutas do Diabo como elas existem em One Piece. De fato, alguns painéis do primeiro capítulo de One Piece, incluindo diálogos, foram meticulosamente redesenhados com pouquíssimas alterações em relação a esta versão de Romance Dawn (foi por esse motivo que o autor escolheu a segunda versão do capítulo para inclusão em seu one-shot antológico Wanted!).

Um painel da primeira versão de Romance Dawn V.1…

…e um painel semelhante da versão final usada em One Piece.

A principal motivação de Luffy para se tornar um pirata, em vez de se tornar o Rei dos Piratas ou obter o One Piece, é ter muitas aventuras. Não há nenhuma menção de Gold Roger ou seu tesouro em nenhum dos primeiros pilotos de One Piece. A autoidentificação de Luffy como um candidato a pirata, em vez de um pirata de pleno direito, é totalmente estranha ao mundo de One Piece, onde qualquer um que levante uma Jolly Roger é considerado um pirata. Da mesma forma, as designações de "Morgania" e "Peace Main" não aparecem em nenhum lugar em One Piece, onde a maioria dos piratas parece ter uma mistura, em vários graus, de tendências de aventura e pilhagem. A terminologia "Peace Main" e "Morgania" do primeiro "Romance Dawn" continua a ser usada na V.2, mas foi finalmente abandonada para o enredo final. Essas ideias foram finalmente descartadas antes da versão final de "Romance Dawn", e os piratas da série parecem ocupar mais um continuum entre os dois extremos. Mesmo assim, Luffy e Shanks ainda representam, sem dúvida, os ideais do conceito "Peace Main".

Os marinheiros nem são considerados como um possível meio de repelir Gally e Shupeal; embora isso não signifique que não exista abertamente nesta versão da história (já que preocupações práticas, sem mencionar o desgosto pelo Governo Mundial, podem anular tais considerações), não é mencionado em ambas as versões.

Curiosidades

• "Dawn" também é o nome da ilha natal de Luffy.
• O nome desta série também foi adaptado para o primeiro capítulo serializado do produto final de One Piece; em One Piece: Pirate Warriors 3, a primeira fase de capítulo jogável do modo Legend Log também segue o exemplo.